Compreensão Textual
A
adopção do português como Língua Oficial de Moçambique, onde a predominância
linguística é maioritariamente de origem bantu, leva a que muitos falantes, por
causa das estruturas linguísticas das línguas maternas serem diferentes, tenham
dificuldades em desenvolver competências que lhes permitam expressar-se com a
correcção necessária na Língua Oficial.
COSTA (1999, P. 15), afirma que um texto com baixo poder
informativo, que não fornece os elementos indispensáveis a uma interpretação
livre de ambiguidades, ou que se limita a repetir coisas que nada somam à
experiência do recebedor, tem como efeito desorientá-lo, isto é, o texto por
ser o "centro" ou simplesmente sinônimo das informações muitas vezes
desnorteia o leitor justamente pelo baixo nível de informação permitindo que
repetições de palavras e intenções sejam desnecessárias trazendo para o mesmo
(LEITOR) desinteresse e desmotivação, uma vez que, elementos que
proporcionariam uma compreensão ampla tornam-se supérflua. E textos usados
anualmente pela maioria dos professores são os mesmos retirados do manual do
estudante. Portanto, uma boa selecção de textos para a aula de compreensão é
importante para o alcance dos objectivos.
Depois
das primeiras leituras acerca do tema de investigação proposto, apresenta-se
aqui o enquadramento teórico de acordo com alguns autores que serão mencionados
no desenvolvimento. O objectivo é apontar questões relevantes para a pesquisa
que vão permitir perceber o contexto da investigação, à luz dos objectivos
traçados.
Segundo
GREGIO (2006, p. 2) a leitura "constitui uma actidade subjectiva realizada
pelo sujeito que possui, além do contexto histórico, experiência de mundo,
saberes, crença e desejos."
Os
textos são sempre utilizados em um contexto particular: a análise e a
compreensão de um texto exigem, por isso, a análise e a compreensão do
contexto. (DUARTE, 2006, p. 31).
De
acordo com GASSON (2000, p. 27) citando ADAMS e PRUCE, compreensão " é uma
utilização de conhecimentos anteriores para criar um novo conhecimento".
Sem conhecimentos anteriores, um objecto complexo como o texto, não é apenas
difícil de interpreter, para falar com rigor, ele não tem significação.
Segundo
GONÇALVES e DIAS (2004, p. 13) ler é
decifrar um código escrito, é um processo de interpretação/ compreensão, é o
acto de comunicar. Há dois tipos de leitura: leitura silenciosa e leitura oral.
Portanto, interessa-nos a primeira, pois ela é eficiente para a compreensão de
textos.
SANTOS
(2006, P. 58), considera que a compreensão
da linguagem é o processo de construção de significação, a partir dos sons
ou sinais escritos e, também, o processo de utilização daquilo que é
compreendido.
O
texto é uma frase ou conjunto de
frases, orais ou escritos, que formam uma unidade de sentido e permitem a
comunicação. Pode também dizer-se que o
texto é um acto de linguagem, através do qual se fala ou se escreve qualquer
coisa, a fim de comunicar uma intenção específica a uma pessoa ou si próprio.
Segundo
QUINTILIANO (1995, p. 12), os géneros
dos textos que emergem no último século no contexto das mais diversas
mídias criam formas comunicativas, próprias com um certo hibridismo que desafia as relações entre a oralidade e a escrita.
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