sábado, 1 de setembro de 2018


Compreensão Textual
A adopção do português como Língua Oficial de Moçambique, onde a predominância linguística é maioritariamente de origem bantu, leva a que muitos falantes, por causa das estruturas linguísticas das línguas maternas serem diferentes, tenham dificuldades em desenvolver competências que lhes permitam expressar-se com a correcção necessária na Língua Oficial.
 COSTA (1999, P. 15), afirma que um texto com baixo poder informativo, que não fornece os elementos indispensáveis a uma interpretação livre de ambiguidades, ou que se limita a repetir coisas que nada somam à experiência do recebedor, tem como efeito desorientá-lo, isto é, o texto por ser o "centro" ou simplesmente sinônimo das informações muitas vezes desnorteia o leitor justamente pelo baixo nível de informação permitindo que repetições de palavras e intenções sejam desnecessárias trazendo para o mesmo (LEITOR) desinteresse e desmotivação, uma vez que, elementos que proporcionariam uma compreensão ampla tornam-se supérflua. E textos usados anualmente pela maioria dos professores são os mesmos retirados do manual do estudante. Portanto, uma boa selecção de textos para a aula de compreensão é importante para o alcance dos objectivos.  
Depois das primeiras leituras acerca do tema de investigação proposto, apresenta-se aqui o enquadramento teórico de acordo com alguns autores que serão mencionados no desenvolvimento. O objectivo é apontar questões relevantes para a pesquisa que vão permitir perceber o contexto da investigação, à luz dos objectivos traçados.
Segundo GREGIO (2006, p. 2) a leitura "constitui uma actidade subjectiva realizada pelo sujeito que possui, além do contexto histórico, experiência de mundo, saberes, crença e desejos."
Os textos são sempre utilizados em um contexto particular: a análise e a compreensão de um texto exigem, por isso, a análise e a compreensão do contexto. (DUARTE, 2006, p. 31).
De acordo com GASSON (2000, p. 27) citando ADAMS e PRUCE, compreensão " é uma utilização de conhecimentos anteriores para criar um novo conhecimento". Sem conhecimentos anteriores, um objecto complexo como o texto, não é apenas difícil de interpreter, para falar com rigor, ele não tem significação.
Segundo GONÇALVES e DIAS (2004, p. 13) ler é decifrar um código escrito, é um processo de interpretação/ compreensão, é o acto de comunicar. Há dois tipos de leitura: leitura silenciosa e leitura oral. Portanto, interessa-nos a primeira, pois ela é eficiente para a compreensão de textos.
SANTOS (2006, P. 58), considera que a compreensão da linguagem é o processo de construção de significação, a partir dos sons ou sinais escritos e, também, o processo de utilização daquilo que é compreendido.
O texto é uma frase ou conjunto de frases, orais ou escritos, que formam uma unidade de sentido e permitem a comunicação. Pode também dizer-se  que o texto é um acto de linguagem, através do qual se fala ou se escreve qualquer coisa, a fim de comunicar uma intenção específica a uma pessoa ou si próprio.
Segundo QUINTILIANO (1995, p. 12), os géneros dos textos que emergem no último século no contexto das mais diversas mídias criam formas comunicativas, próprias com um certo hibridismo que desafia as relações entre a oralidade e a escrita.

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