segunda-feira, 7 de outubro de 2019


                                                          Resumo do artigo sobre as TICs na Educação
Neste artigo, com o tema Tecnologias de Informação e Educação, defende-se que com apropriação das Tecnologias de Informação  na Educação, em particular, no ENSINO, haverá mais benefícios em vários aspectos do Processo de Ensino e Aprendizagem (PEA). A implementação das TICs na educação vai causar sempre mudanças no meio das escolas, assim como no PEA, uma vez que, ao introduzi-las pode gerar inovações nas metodologias de ensino e pesquisa e, ainda, melhorar o funcionamento da instituição. Portanto, aqui analisa-se as Políticas de Educação em relação as TICs em Moçambique e  o impacto da apropriação das tecnologias de informação e comunicação na Educação, particularmente, no processo de ensino e aprendizagem. Com este objectivo, aborda-se conceitos e práticas de forma a apoiar a educação, a escola, os professores, assim como os estudantes a desenvolverem trabalhos com recurso as tecnologias de informação e comunicação disponíveis. O desenvolvimento deste estudo partiu dos seguintes questionamentos: Qual é impacto de algumas políticas educacionais em Moçambique na implementação das TICs na Educação? O uso das tecnologias de informação e comunicação facilita o  processo de ensino e aprendizagem? Na busca por essas respostas, trabalhamos metodologicamente com a pesquisa bibliográfica, baseada nas contribuições de COSTA (2005), INDE (2007), MEIRINHOS & OSÓRIO (2011), SANGONET (2009). Desta forma, o estudo se justifica porque traz à reflexão informações sobre a utilização de tecnologias de informação e comunicação na educação, sendo que, o mesmo, procura colaborar com a expansão e implantação dessas tecnologias do cenário educacional.

sábado, 15 de setembro de 2018


Instituto Superior de Gestão e Empreendedorismo Gwaza Muthini
       Curso de Mestrado em Ciências de Educação                                       2018
                               TICs na Educação e Ambientes Virtuais de Aprendizagem
                                                                          Docente: Prof. Doutor Félix Singo                                                          
                                                                                                Zeca Simião Inguane
                                                                                      kesainguane@gmail.com

Apropriação das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação em Moçambique


Resumo
Neste artigo defende-se que com apropriação das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) na Educação, em particular no ENSINO, haverá mais benefícios em vários aspectos do Processo de Ensino e Aprendizagem (PEA). A implementação das TICs na educação vai causar sempre mudanças no meio das escolas, assim como no PEA, uma vez que, ao introduzi-las pode gerar inovações nas metodologias de ensino e pesquisa e, ainda, melhorar o funcionamento da instituição.
A apropriação das TICs nas escolas moçambicanas vai trazer resultados positivos e negativos, pois para a sua implementação custa valores monetários muito altos. Entretanto, quer as nossas instituições, quer os nossos alunos estão preparados para fazer face as dificuldades decorrentes da utilização das TICs. Não se anula, porém, a importância das TICs no ensino, já que podem apoiar as novas abordagens pedagógicas, dando maior ênfase à iniciativa do estudante e ao trabalho em grupo, fazendo com que o papel do professor seja de um moderador.
Portanto, aqui descreve-se e analisa-se o impacto da apropriação das tecnologias de informação e comunicação na Educação, particularmente, no processo de ensino e aprendizagem. E trazemos, ainda, experiências de apropriação das TICs na Escola Secundária de Xai-Xai em Gaza. Com este objectivo, o autor aborda conceitos e práticas de forma a apoiar a educação, a escola, os professores assim como os estudantes a desenvolverem trabalhos com recurso as tecnologias de informação e comunicação disponíveis.
PALAVRAS-CHAVE: TIC, Computador, Processo de Ensino-Aprendizagem,




Introdução
Os benefícios das TICs na vida do cidadão vão muito além de habilidade de manipulação das ferramentas, mas inclui benefícios económicos, melhoramento da qualidade de vida e bem-estar dos cidadãos, aquisição de novos conhecimentos e integração na rede mundial de troca de informação e de experiências diversas e de  forma transversal, os benefícios se estendem para a expansão da liberdade dos indivíduo, sobretudo de expressão e de livre comunicação. Entretanto, o estudante não é excepção, com a implementação das TICs nos currícula escolares, sobretudo, no ensino básico e médio, há mais ganhos para os envolvidos no PEA.
A informática é uma das várias tecnologias de informação que tem um impacto maior no PEA pela sua abrangência e utilização. Esta é muito difundida em diferentes ambientes de trabalho, pois actualmente todos os sectores usam esse meio para dinamizar o trabalho. Neste contexto, a informática é aplicada na elaboração dos plano curriculares, dosificações, preenchimento de verbetes e pautas, aulas, fonte de pesquisa, criação de base de dados.
Portanto, tendo em conta que o grosso número da população moçambicana  situa-se na zona rural, que neste momento assume  com naturalidade  que os computadores  e a Internet  são para pessoas  ricas ou com qualificações académicas mais alta, isto faz com que  com que os recursos  e as oportunidades  cheguem primeiro  as grandes cidades onde estão concentradas as camadas intelectuais e novos ricos e só depois  à comunidade rural. Face a esta realidade, o desafio principal  reside na massificação   de formação, que vai para além de cursos básicos, mas para a capacitação do uso efectivo de TIC.
 Um dos aspectos a destacar na integração das TICs e da implementação das redes nos sistemas de aprendizagem e de administração é o alargamento do espaço e do tempo das possibilidades de interacção e trabalho entre todos os intervenientes educativos. (MEIRINHOS & OSÓRIO, 2011, p. 50).
Assim sendo, sabemos que, as transformações nas formas de comunicação e de intercâmbio de conhecimentos, desencadeadas pelo uso generalizado das tecnologias digitais nos distintos âmbitos da sociedade contemporânea, demandam uma reformulação das relações de ensino e aprendizagem, tanto no que diz respeito ao que é feito nas escolas, quanto a como é feito. Precisamos então começar a pensar no que realmente pode ser feito a partir da utilização dessas novas tecnologias, particularmente da Internet, no processo educativo. Para isso, é necessário compreender quais são suas especificidades técnicas e seu potencial pedagógico. Diante da inserção da tecnologia na educação, despertou-nos o interesse numa discussão que problematizasse os reflexos do avanço tecnológico na aprendizagem do aluno. 

1.      Conceito das TICs
Tecnologias da informação e comunicação (TICs) é uma expressão que se refere ao papel da comunicação (seja por fios, cabos, ou sem fio) na moderna tecnologia da informação. Entende-se que TIC são todos os meios técnicos usados para tratar a informação e auxiliar na comunicação, o que inclui o hardware de computadores, rede, telemóveis, bem como todo software necessário. Ainda, podem ser entendidas como um conjunto de recursos tecnológicos integrados entre si, que proporcionam, por meio das funções de hardwaresoftware e telecomunicações, a automação e comunicação dos processos de negócios, da pesquisa científica, de ensino e aprendizagem entre outras.


2.      As Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação
O Ministério da Educação de Moçambique queria transformar a  evolução do ensino no país através da introdução de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) no sistema de ensino. Para isso, lançou o oficialmente, no dia 30 de Novembro de 2011, o Plano Tecnológico da Educação de Moçambique. Segundo um comunicado da consultora, o plano foi concebido e desenhado tecnicamente pela  Leadership. Reflectia “uma visão estratégica integrada para alcançar impactos de curto, médio e longo prazo” de âmbito  educacional, mas também social e económico, dizia o comunicado. Entre várias iniciativas, o plano “previa a introdução de computadores nas escolas, a criação de programas de financiamento para que os professores pudessem ter acesso a computadores, a formação de professores e a produção de conteúdos digitais para que os alunos melhorassem o seu desempenho escolar, reduzissem a iliteracia e apoiassem as comunidades locais em várias matérias como a saúde e a empregabilidade”. Contudo, ainda é um grande desafio para o governo moçambicano proporcinar às escolas computadores suficientes e ligados a internet ou criar tais parcerias com ONGs que pudessem financiar, pois ainda temos muitas escolas sem uma sala de informática, as que têm, dispõem de poucos computadores, sem falar de internet, em função do número elevado dos estudantes por turma.
As principais tarefas  dos actores de política nacional de informática consistiam em: impulsionar  e supervisionar a elaboração da Política de Informática; formulação  e coordenação de Políticas e  Estratégias  de Ciência e Tecnologias; normalização e regulamentação; promoção da valorização  de conhecimento local; protecção de direitos de propriedade; elaboração de  Políticas  de Comunicação e de Acesso Universal; implementação da Política Informática, elaboração de projectos  de legislação e regulamentação; regulara a interligação  das redes  e a interoperacionalidade  dos serviços públicos  de telecomunicações , atribuição de licenças; garantir o apoio ao desenvolvimento  do sector de comunicação  social em Moçambique e formação de quadros  superiores  do sector das TIC, (SANGONET, 2009, P. 6-9).
Todavia, na maioria dos estabelecimentos de ensino tutelados pelo Ministério de Educação em Moçambique não se desenvolvem experiências suficiente que possibilitam o manuseamento, exploração, criação de estratégias e modelos para a utilização das tecnologias da informação e comunicação na sala de aula ou uso das mesmas fora da escola, devido a insuficiências dos meios, professores não qualificados ou capacitados em metérias das tecnologias, também as salas numerosas em função dos computadores, exemplo da Escola Secundária de Xai-Xai, que tem uma sala de informática  que, aquando da enauguração em 2008 tinha 40 computadores, porém com o tempo esses computadores estragaram-se e, agravaram a situação de uso dos mesmos,  tendo em conta que as nossas turmas  têm em média 60 alunos, como mostra a figura abaixo.

Fig. 1: Sala de Informática da E. S. Xai-Xai
  A escola é local onde as TICs devem ser operacionalizadas, devendo para tal, apresentar-se como base do domínio da produção e disseminação das novas práticas das TICs no ensino, fazendo com que as entidades de tutela estejam atentas aos sinais claros das transformações pelas quais a sociedade está passando e revolucionando as mesmas, formando indivíduos com um domínio das TICs. (RODRIGUES, 2006, P. 3)
 Face a este propósito, a educação em Moçambique não pode limitar-se ao espaço físico dos estabelecimentos de ensino mais sim deve proporcionar um espaço de respostas, aberto e sujeito às influências do ambiente tecnológico que o mundo assiste nos nossos dias, criando condições de aquisição destas tecnologias de informação e comunicação.
O computador ligado a internet também faz parte das tecnologias de informação e comunicação, e tem um grande contributo na educação e, em particular, nos estabelecimentos de ensino onde são vistos como instrumentos de grande potencial para desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem, que permite que os estudantes desenvolvam o seu trabalho de análise e selecção da matéria pesquisada, produza mensagens, auto-imagem e aprenda pesquisando. Esta maneira de estudar privilegia as interacções com os materiais disponíveis na internet. Porém, na Escola Secundária de Xai-Xai, uma escola de referência na Província de Gaza, não dispõe de computadores ligados a internet na sala de informática. E pior para as escolas das zonas recôndidas, pois sabe-se que há mais recursos na cidade que no campo.

3.      O Paradoxo  das Políticas da Educação em Relação as TICs em Moçambique
 No âmbito das reprovações massivas verificadas no ano lectivo de 2015 no ensino geral, sobretudo nos exames da 10ª e 12ª classes, o Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano instaurou um inquérito para perceber as causas do insucesso no aproveitamento escolar. Segundo os resultados apurados no inquérito, concluiu-se que os motivos que estão por detrás deste fenómeno  prende-se com a fraca assiduidade dos professores e alunos, pouco interesse pelos estudos, dificuldade de assimilação das matérias nalgumas disciplinas. E, ainda, acrescentam-se outros factores como o fraco desempenho dos professores, falta de motivação, indícios de corrupção e suborno e incumprimento de programas.  
Neste contexto, o conselho de ministros identificou, também problemas que decorrem do fraco desempenho dos gestores, onde verificam-se fragilidades no mecanismo de controlo e supervisão pedagógica.  
Como medida para reverter esta situação que afecta o ensino, os titulares dos órgãos que regulam a actividade educativa no país tomaram como solução insensata a proibição do uso de celulares na sala de aulas, ou seja, manusear telefone celular ou simplesmente entrar com o aparelho ligado na sala de aulas passou a ser proibido nas escolas. 
A justificação para a adoptação da proibição tem a ver com relatos de casos de alunos que durante as aulas trocam mensagens, ou passam o tempo nas redes sociais, como o facebook, ou o whatsapp perturbando o processo de ensino e aprendizagem, acto este que se reflecte directamente no fraco aproveitamento pedagógico. Com a interdição do uso do telemóvel na sala de aulas, esperava-se que os estudantes se empenhasse cada vez mais na sala de aulas.  
O Plano Estratégico da Educação 2012-2016 reconhece, através da política de promoção e expansão das novas tecnologias, o potencial que o instrumento tecnológico (celular) tem para o desenvolvimento da educação e diversificação das metodologias, o que pode concorrer na melhoria da qualidade do ensino. O celular é um meio didáctico de reforço da aprendizagem
porque a aprendizagem das matérias pode não circunscrever somente no ambiente das salas de aulas, como também pode ocorrer em qualquer lugar e momento. E, ainda, o celular é mais económico e prátco de usar em relação ao computador, tendo em conta as dificuldades que o país atravessa para aquisição dos meios para a apropriação efectiva das TICs nas escolas como é o caso de internet e computadores suficientes.
Entretanto, alguns professores permitem o uso dos celulares nas salas de aulas, contrariando esses decretos, e provam a efeciência dos mesmos no processo de ensino aprendizagem, pois muitos estudantes, mesmo sem condições de ligá-lo à internet, transferem-se os manuais via bluetooth para os seus dispositivos, como mostram as imagens abaixo.


Fig. 2: Celular de um estudante da E. S. Xai-Xai durante a aula de Português
 Cabe ao professor, de forma muito criativa, usar o celular para o ensino e aprendizagem. O professor deve controlar o uso do celular na sala de aulas. Criar estratégias de ensino motivadoras com o celular. Se os alunos hoje não têm celulares, podem dormir durante a aula,
podem desenhar, porque o problema não é o celular, é a motivação. É tarefa do professor criar estratégias motivacionais baseada na integração do celular nos curricula para estes adolescentes.        

4.              Mudança de Atitudes dos Professores Moçambicanos face as TICs
 A formação dos professores deve ter em conta a mudança de atitudes dos professores face as TIC’s e o seu potencial para o uso das mesmas em contexto educativo .(COSTA,  2005).
Considerando os pontos acima, esse parece ser um dos factores mais determinante na decisão profissional e de competência sobre a utilização das tecnologias, no entanto, parece que a formação deve ser estruturada com base numa estratégia que permite a mudança de atitudes dos professores face ao potencial pedagógico deste novo recurso didáctico, através da tomada de consciência da importância da utilidade e beneficio que esse material, usado como ferramenta do ensino-aprendizagem pode trazer. Pois as tecnologias podem ser um elemento do progresso educativo mas é necessário o papel do professor.
O professor é, assim, elemento fundamental para qualquer projecto ou iniciativa de integração das tecnologias no currículo e nas práticas escolares quer em grande quer em pequena escala. É importante saber o que os professores pensam acerca das tecnologias e do seu papel no processo de ensino-aprendizagem, assim como as suas atitudes e expectativas. Deste conhecimento e de outros sobre as tecnologias, sobre as suas efectivas potencialidades e as condicionantes para a sua aplicação, podem inferir-se linhas orientadoras para a concepção de acções de formação.
Neste âmbito, acredita-se que o uso das TIC’s pelos professores nas suas actividades em contexto educativo implica o desenvolvimento de competências específicas por parte destes, de modo a responder ao desafio que as TIC’s colocam. O desenvolvimento de competências, pode ser explicado como um processo complexo, progressivo, integrador, dinâmico, nunca acabado, mas sempre reconstruído. De facto, a aprendizagem é algo contínuo, isto é, decorre ao longo da vida pois é um processo dinâmico. E, ainda, requere uma ousadia por parte dos utentes, pois alguns professores têm medo de mexer com as tecnologias. Por exemplo, na Escola Secundária de Xai-Xai com a implementação dos verbetes electrónicos, alguns professores resistiram a essa mudança, continuaram a trazer verbetes manuais, apesar das reconhecidas vantagens. Actualmente, com uso de verbetes electrónico, o período de realização dos conselhos de notas encurtou-se bastante, já que os professores não precisam de calcularem as médias e, nem precisam de preencherem as pautas, tudo é feito automaticamente.

5.      Conclusão
As novas tecnologias presentes no ensino nas escolas moçambicanas, devem ter como propósito  contribuir com a qualidade do ensino, pois se constituem em ferramentas que devem auxiliar no processo pedagógico. Reconhecemos a importância das tecnologias, bem como a importância do aluno interagir no processo de ensino e aprendizagem. Contudo, reconhecemos, também, que o sucesso educacional não se concentra apenas nas ferramentas metodológicas utilizadas, pois, não basta, somente a presença da tecnologia. Assim, o professor deve estar presente neste processo pedagógico como orientador e mediador, apresentando os temas a serem estudados e promovendo perspectivas de análise mais críticas, por parte dos alunos. Além de reflectir sobre sua prática, especialmente no contexto de mudanças da escola pela presença das novas tecnologias.
Portanto, a introdução das TICs no ensino Moçambicano deve ser acompanhada de várias mudanças na formação dos profissionais da educação, mas estas não podem ser vistas como único factor desencadeador de mudança no ensino e na escola pois, outros aspectos, também devem ser revistos, tais como: a forma como o currículo afecta o desempenho do professor e a maneira como a gestão escolar interfere.

6. Bibliografia
1.COSTA, Leonardo.(S/D),”Inclusão digital : uma alternativa para o social? Análise de projectos realizados em Salvador”, In: Revista Brasileira de Inovação Científica em Comunicação, Vol. 1, nº 1, pp. 107-122, no http://www.portcom.intercom.org.br/ojs-2.3.1- 2/index.php/inovcom/article/view/310.
2.INDE, Plano Curricular do Ensino Secundário Geral. Maputo, 2007.
3. MARTINS, Zeferino, Moçambique aposta nas TIC para a Educação, disponível em www.computerworld.com.pt, acesso em 13 de jun de 2013
4.MEIRINHOS, M. e OSÓRIO, A. O advento das TICs na escola como organização que aprende: a relevância. (acesso em 21 Maio de 2013). Disponível em: http://bibliotecadigital.ipb.pt/bitstream/10198/6182/1/IETICID_67.pdf. 2011.
5. MCT, (2009), Indicadores de Ciência e Tecnologia de Moçambique, Maputo Ministério da Educação (2012).
 6. Plano estratégico da educação 2012-2016: construindo competências para um Moçambique em constante desenvolvimento. Maputo, Moçambique: MINED.
7. Plano Estratégico da Educação e Cultura, Aprovado pela 14ª Sessão Ordinária do Conselho de Ministros, Maputo, Julho de 2006.
8. SANGONET, (2009) Inclusão Digital em Moçambique: um desafio para todos, relatório de Moçambique , CIUEM.

sábado, 1 de setembro de 2018


Compreensão Textual
A adopção do português como Língua Oficial de Moçambique, onde a predominância linguística é maioritariamente de origem bantu, leva a que muitos falantes, por causa das estruturas linguísticas das línguas maternas serem diferentes, tenham dificuldades em desenvolver competências que lhes permitam expressar-se com a correcção necessária na Língua Oficial.
 COSTA (1999, P. 15), afirma que um texto com baixo poder informativo, que não fornece os elementos indispensáveis a uma interpretação livre de ambiguidades, ou que se limita a repetir coisas que nada somam à experiência do recebedor, tem como efeito desorientá-lo, isto é, o texto por ser o "centro" ou simplesmente sinônimo das informações muitas vezes desnorteia o leitor justamente pelo baixo nível de informação permitindo que repetições de palavras e intenções sejam desnecessárias trazendo para o mesmo (LEITOR) desinteresse e desmotivação, uma vez que, elementos que proporcionariam uma compreensão ampla tornam-se supérflua. E textos usados anualmente pela maioria dos professores são os mesmos retirados do manual do estudante. Portanto, uma boa selecção de textos para a aula de compreensão é importante para o alcance dos objectivos.  
Depois das primeiras leituras acerca do tema de investigação proposto, apresenta-se aqui o enquadramento teórico de acordo com alguns autores que serão mencionados no desenvolvimento. O objectivo é apontar questões relevantes para a pesquisa que vão permitir perceber o contexto da investigação, à luz dos objectivos traçados.
Segundo GREGIO (2006, p. 2) a leitura "constitui uma actidade subjectiva realizada pelo sujeito que possui, além do contexto histórico, experiência de mundo, saberes, crença e desejos."
Os textos são sempre utilizados em um contexto particular: a análise e a compreensão de um texto exigem, por isso, a análise e a compreensão do contexto. (DUARTE, 2006, p. 31).
De acordo com GASSON (2000, p. 27) citando ADAMS e PRUCE, compreensão " é uma utilização de conhecimentos anteriores para criar um novo conhecimento". Sem conhecimentos anteriores, um objecto complexo como o texto, não é apenas difícil de interpreter, para falar com rigor, ele não tem significação.
Segundo GONÇALVES e DIAS (2004, p. 13) ler é decifrar um código escrito, é um processo de interpretação/ compreensão, é o acto de comunicar. Há dois tipos de leitura: leitura silenciosa e leitura oral. Portanto, interessa-nos a primeira, pois ela é eficiente para a compreensão de textos.
SANTOS (2006, P. 58), considera que a compreensão da linguagem é o processo de construção de significação, a partir dos sons ou sinais escritos e, também, o processo de utilização daquilo que é compreendido.
O texto é uma frase ou conjunto de frases, orais ou escritos, que formam uma unidade de sentido e permitem a comunicação. Pode também dizer-se  que o texto é um acto de linguagem, através do qual se fala ou se escreve qualquer coisa, a fim de comunicar uma intenção específica a uma pessoa ou si próprio.
Segundo QUINTILIANO (1995, p. 12), os géneros dos textos que emergem no último século no contexto das mais diversas mídias criam formas comunicativas, próprias com um certo hibridismo que desafia as relações entre a oralidade e a escrita.

sábado, 25 de agosto de 2018

Bem vindo ao meu site na Web!
Experiência com tecnologias emergentes
Algumas experiências de apropriação das tecnologias ao serviço da educação seriam, primeiro, a orientação ao alunos baixarem os manuais dos seus telemóveis para usarem durante as aulas, sobretudo as de leitura e interpretação dos textos, segundo, preenchimento das notas nos verbetes electrónicos e, por conseguinte a produção das pautas.  E, ainda, formação de grupo da turma no watsapp que, através do mesmo interagimos (professor e os alunos ou entre os alunos) sobre conteúdos académicos. Por fim, a busca na net das informações para trabalhos individuais e em grupos. 

                                                           Resumo do artigo sobre as TICs na  Educação Neste artigo, com o tema Tecnolog...